Pesquisadores da Universidade de Toronto desenvolveram um aparelho capaz de detectar as preferências das pessoas ao medir a absorção cerebral de raios infravermelhos. O estudo, publicado na revista científica Journal of Neural Engineering, garante uma precisão de 80% nos resultados.
"Este é o primeiro sistema que decodifica preferências naturalmente a partir de pensamentos espontâneos", disse Sheena Luu, uma das pesquisadoras, ao site Live Science.
O estudo usou voluntários para detectar suas preferências entre diferentes bebidas. Usando o aparelho na cabeça, eles eram orientados a tomar decisões mentais sobre quais bebidas preferiam. Os testes tiveram sucesso em 80% dos casos.
O aparelho usado, segundo o jornal britânico The Times, tem cabos de fibra óptica que emitem raios infravermelhos com uma freqüência semelhante à de um controle remoto de um televisor. A radiação atinge o córtex pré-frontal, área do cérebro associada à tomada de decisões. Os sensores do aparelho detectam as respostas de acordo com o nível de oxigênio no sangue nessa área.
O objetivo dos pesquisadores é estudar maneiras de compreender as escolhas de crianças que não podem falar ou se mover, segundo o Live Science.
Extraído do Portal Terra de 23/02/2009
(http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3594146-EI4799,00-Aparelho+le+o+cerebro+para+descobrir+preferencias.html)
Realmente, a fronteira entre o homem e a máquina está cada vez mais tênue. A postagem acima representa mais um passo na direção da constatação dessa assertiva.
ResponderExcluirVeja: "este é o primeiro sistema que decodifica preferências naturalmente a partir de pensamentos espontâneos" - disse a pesquisadora.
Antes, os "reinos" natural e artificial eram bem delimitados e pouco intercambiantes. Agora, no século XXI, os estatutos do humano e do tecnológico tendem a se confundir - talvez para nunca mais se separarem.
Softwares já convertem pensamentos em texto, a direção do olhar já move o cursor na tela do computador, a mente já comanda movimentos intrincados de mãos protéticas, o calor do corpo já alimenta baterias de equipamentos eletrônicos... E não pára por aí.
Homem-máquina, natural-artificial, orgânico-inorgânico, natureza-tecnologia são binômios que se imbricam e caminham para uma terceira possibilidade, de caráter monológico. É capaz, ainda, de, num futuro próximo, não se enxergar diferenciações entre um e outro.
Mas por enquanto, ainda cabe refletir: afinal, você é humano ou é máquina? O que separa você do artificial? Ou, pior, o que separa o artificial de você?
Ao refletir sobre tudo isso, lembre: você já fez uso de uma pastilha de vitamina C (artifício - portanto, tecnologia) para prevenir uma eventual gripe, não é?!
Essa é uma questão que pode gerar dias e dias de debates; mas é como vemos, o homem está sendo cada dia mais ''invadido'' pela tecnologia, nesse caso até suas escolhas podem ser decodificadas por um aparelho eletrônico. O que falta mais? o implante de chips de identificação em seres humanos? não, não falta, isso também já é fato! Vai ser dificil daqui ha alguns anos responder a pergunta do Sandro, 'O que separa você do artificial?'... considerando que hoje, até os desejos e pensamentos mais secretos dos homens , já podem ser conhecidos.
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