terça-feira, 27 de outubro de 2009

Interatividade


Parece que a expressão do momento para a comunicação é "interatividade". E para reformular o uso banal que o sentido dessa palavra tem assumido, alguns teóricos da comunicação tem dado grandes contribuições. Um exemplo é o do pesquisador e professor Alex Primo, que separa dois tipos de interação: a primeira, a interação reativa, ocorre quando o usuário não contribui na construção da informação, é o que chamamos de interface potencial, quando os caminhos e movimentos possíveis estão pré-definidos e acontece quando o usuário está simplesmente navegando. A segunda, a interação mutua, é quando acontece o que de fato pode ser considerado interatividade, pois que estabelece um diálogo, um age dependendo da resposta do outro, e assim se estabelece uma relação de reciprocidade, resultando num conteúdo cooperado, uma criação coletiva, onde há participação no desenvolvimento conceitual, e o usuário sai da postura de receptor/usuário para interagente.


Um excelente exemplo de interação reativa é o recente caso da coca-cola,
que ao estabelecer seu novo slogan “Abra a felicidade”, colocou em seu site um robô onde o usuário poderia manusear de forma que abrisse uma garrafa com abridores inusitados. Isso com certeza criou para o consumidor uma experiência única com a marca, porém em nenhum momento ele modificou seu conteúdo, não houve interatividade e sim interação reativa, pois o usuário navegou pelo site com movimentos possíveis pré-estabelecidos. Apesar de não haver interatividade na concepção do termo, foi uma ação bem legal, pra quem gosta vale a pena conferir.

http://www.cocacola.com.br/pt-br/index.jsp

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

“The surrogates”, do diretor Jonathan Most

Não viramos criticos de cinema, mas um gancho como "the surrogates" não dá para deixar passar. Excluindo um pouco a salvação da humanidade e amenizando a ficção cientifica, vale destacar a visão do futuro que o filme traz, lembrando sempre que o conceito de futuro corresponde a 5 minutos atrás.

Já no trailer o desejo de muitos cibernéticos empolgados se faz realidade, "Anyone you want to be", "Feel what they feel", talvez o conceito da máquina como extensão do homem nunca tenha sido tão bem representada.

O que também é interessante retomar a partir de uma visão geral do filme é a questão da bilocação, da definição ou até separação do que é real do que é virtual. Hoje, quando ainda não contamos com "Substitutos" já não é possivel fazer essa separação, mundo fisico e virtual, ambos são reais, misturados e fazem parte do cotidiano do homem pós-moderno.

Então fica a dica, assistam ao filme, lembrando sempre que tudo não passa de ficção e que isso só acontecerá no futuro.


Trailer The Surrogates:

http://www.youtube.com/watch?v=t2SRhjC_KAI