domingo, 1 de novembro de 2009

Inovação no suporte, mas a mesma criatividade de sempre

Para a publicidade, as ações com novas tecnologias ainda estão caminhando. Entretanto, o "mobile" já é uma mídia que desponta como oportunidade de ações, não só pelo número de usuários, mas pela mobilidade. Representa assim a chance de estabelecer uma comunicação onde e quando o consumidor estiver disponível.

Outra importante possibilidade que o "mobile" permite é a integração com os meios chamados offline. No final de 2008, o Banco do Brasil fez uma campanha nos meios tradicionais. No anúncio de revista, o consumidor encontrava um número para enviar por SMS. Feito isso, recebia outro SMS com um convite para acessar o portal mobile da ação, no qual era possível ter acesso a diversos conteúdos exclusivos da campanha.

O Brasil já apresenta alguns bons resultados, todos baseados em boas idéias e apoiados em três conceitos: oportunidade, relevância e conteúdo. Vale destacar que o suporte das novas mídias é sim importante, porém sem uma boa idéia é apenas um suporte, a criatividade e inovação ainda é os pilar da boa publicidade.


(Pontomobi - empresa responsável pelo case)

http://leonardoxavier.typepad.com/mobilizado/2009/01/desejar-do-banco-do-brasil-.html


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Interatividade


Parece que a expressão do momento para a comunicação é "interatividade". E para reformular o uso banal que o sentido dessa palavra tem assumido, alguns teóricos da comunicação tem dado grandes contribuições. Um exemplo é o do pesquisador e professor Alex Primo, que separa dois tipos de interação: a primeira, a interação reativa, ocorre quando o usuário não contribui na construção da informação, é o que chamamos de interface potencial, quando os caminhos e movimentos possíveis estão pré-definidos e acontece quando o usuário está simplesmente navegando. A segunda, a interação mutua, é quando acontece o que de fato pode ser considerado interatividade, pois que estabelece um diálogo, um age dependendo da resposta do outro, e assim se estabelece uma relação de reciprocidade, resultando num conteúdo cooperado, uma criação coletiva, onde há participação no desenvolvimento conceitual, e o usuário sai da postura de receptor/usuário para interagente.


Um excelente exemplo de interação reativa é o recente caso da coca-cola,
que ao estabelecer seu novo slogan “Abra a felicidade”, colocou em seu site um robô onde o usuário poderia manusear de forma que abrisse uma garrafa com abridores inusitados. Isso com certeza criou para o consumidor uma experiência única com a marca, porém em nenhum momento ele modificou seu conteúdo, não houve interatividade e sim interação reativa, pois o usuário navegou pelo site com movimentos possíveis pré-estabelecidos. Apesar de não haver interatividade na concepção do termo, foi uma ação bem legal, pra quem gosta vale a pena conferir.

http://www.cocacola.com.br/pt-br/index.jsp

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

“The surrogates”, do diretor Jonathan Most

Não viramos criticos de cinema, mas um gancho como "the surrogates" não dá para deixar passar. Excluindo um pouco a salvação da humanidade e amenizando a ficção cientifica, vale destacar a visão do futuro que o filme traz, lembrando sempre que o conceito de futuro corresponde a 5 minutos atrás.

Já no trailer o desejo de muitos cibernéticos empolgados se faz realidade, "Anyone you want to be", "Feel what they feel", talvez o conceito da máquina como extensão do homem nunca tenha sido tão bem representada.

O que também é interessante retomar a partir de uma visão geral do filme é a questão da bilocação, da definição ou até separação do que é real do que é virtual. Hoje, quando ainda não contamos com "Substitutos" já não é possivel fazer essa separação, mundo fisico e virtual, ambos são reais, misturados e fazem parte do cotidiano do homem pós-moderno.

Então fica a dica, assistam ao filme, lembrando sempre que tudo não passa de ficção e que isso só acontecerá no futuro.


Trailer The Surrogates:

http://www.youtube.com/watch?v=t2SRhjC_KAI


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cibercultura: panorâmica

Como afirma André Lemos, "vivemos já a cibercultura. Ela não é o futuro que vai chegar mas o nosso presente".

Em verdade, a sucessão de eventos que nos colocou diante do micro-computador pessoal conectado em rede, que integra telecomunicações e informática, nos fez adentrar a Era Digital, que articula simbioticamente a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de informação e comunicação; esse momento é o que ora se denominada cibercultura.

O imaginário coletivo, as subjetividades humanas, as formas de experimentar e conceber o mundo são, então, profundamente tranformadas. A sequência de slides a seguir procura demarcar alguns dos principais fatores que caracterizam a cibercultura, ou seja, tenta observar a perspectiva dos novos paradigmas que pontuam a cultura contemporânea marcada pelas tecnologias digitais.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Agentes Inteligentes rumo à web 3.0

Diante da galáxia de dados contidos no ciberespaço, é impossível navegá-lo sem um roteiro, sem um mapa que conceda sentido à organização da informação. É aí que entram os agentes inteligentes: programas de inteligência artificial que rodam de forma autônoma e automática na rede, como é o caso dos buscadores (ferramentes de busca).
Por exemplo, cada dia que passa, mais e mais usuários têm utilizado o Google como página inicial de seus browsers. A aposta, inclusive, de diversas empresas que atuam no âmbito da convergência das mídias (Microsoft, Google, Yahoo etc) coincide com a de tantos outros teóricos e técnicos da cibercultura: com o crescimento exponencial do ciberespaço, os agentes inteligentes terão que evoluir bastante para nos ajudar a gerenciar roteiros de navegação mais precisos. Talvez avancem tanto que cheguem a reconfigurar a manipulação direta feita pelos usuários (mouse/cursor ou touchscreen) para efetuarem uma contundente mediação na relação homem-máquina, bem dentro da lógica do que vem se anunciando como web 3.0 - a internet semântica.




Em recente entrevista à CNET, Bill Gates, o eterno chefão da Microsoft, confirmou que o Projeto Natal não se restringirá ao XBOX, mas também atuará em PCs. O homem do Windows disse que o periférico de captura de movimentos não é só para games, mas para "consumidores de mídia como um todo". E o avatar do vídeo acima (batizado de Milo) poderá ser configurado e assumir as características que cada usuário bem entender. Gates, enfim, garante que as divisões do Windows e do Xbox já testaram a tecnologia e profetiza a sua breve popularização. É esperar pra ver.

Para fazer donwload do video clique aqui: http://www.4shared.com/file/134727308/4fd1faa9/Projeto_Natal_-_E3_2009_-_Interaco_entre_o_jogador_e_o_Xbox_360.html

domingo, 20 de setembro de 2009

Hipermídia e Inteligência Coletiva

A capacidade do computador constituir-se como suporte capaz de agregar em si imagem, texto, áudio, vídeo, faz com que a hipermídia proporcione uma mudança profunda de relação de indivíduos e mídias. O hiperlink desconstrói o paradigma da experiência linear de constituição da mensagem, ocasionando o hipertexto, a informação construída na forma de um circuito, onde não há seqüência, inicio, meio ou fim. Sem cair na armadilha do determinismo (tanto tecnológico quanto social), podemos afirmar que o "trio hiper" (mídia, link e texto) é análoga aos modos contemporâneos de viver, uma vez que a idéia de descontinuidade, fragmentação e não-linearidade estão no cerne do cotidiano da sociedade atual.

http://amaquinasomosnos/

No desenvolvimento dos sistemas hipermídia, um ponto a se destacar é que, além do usuário fazer seu próprio roteiro pela rede, ainda contribui no tecer da malha informacional, pois que é ativo produtor de conteúdo (web 2.0). O conceito de inteligência coletiva entra exatamente nesse contexto, onde todos participam e colaboram na construção do universo de informações que vão adensar o ciberespaço.
Vale refletir, não obstante tudo isso, que não podemos cair num técno-utupismo e olhar todo esse processo como uma ótima mudança para a produção de informação sem uma análise mais critica, pois, neste ínterim, não se pode desconsiderar a (ir)relevância dos conteúdos gerados por esses usuários. A questão é: o quê se está produzindo?
Não parece custoso admitir, por exemplo, que boa parte do que se produz na internet não está vocacionada para o bem coletivo, como anteviram alguns teóricos otimistas da cibercultura.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Artigo Intercom 2009 - Curitiba

No XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que rolou em Curitiba, Sandro Tôrres apresentou seu artigo "Comunicação e Inteligência Artificial: Aspectos da Mediação Tecnológica Diante de uma Nova Geração de Agentes Inteligentes", que levantou no evento grande debate. Segue o resumo do assunto e o link para fazer o download do artigo.Fique por dentro dessa discussão também.

A inteligência artificial tem se desenvolvido francamente nos últimos anos e a premissa de participação cotidiana na experiência digital contemporânea vem se solidificando, principalmente diante do crescimento exponencial do universo de informações que integram o ciberespaço. Desse modo, o artigo se propõe a observar o avanço tecnológico de agentes inteligentes e trazer à discussão a potencialidade de mediação/interação que esses dispositivos tecnológicos ensejam.

Faça o download do artigo completo: http://www.blogger.com/comunica%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o%20e%20intelig%C3%83%C2%AAncia%20artificial

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Interface Gráfica

A popularização do computador só foi possível graças ao aperfeiçoamento da interface gráfica do usuário, que transformou linhas de comando e códigos complexos dominados por poucos em uma linguagem compreensível para usuários comuns (nós). Para que fique claro como a interface possibilita a interação entre homem e máquina vou me apropriar da definição escrita por Poster, que compara a interface com uma “membrana” na medida em que ela ao mesmo tempo separa e conecta o homem e o maquínico. Atualmente, como pode ser conferido no vídeo, a interface mais conecta do que separa. Nesse contexto, é difícil definir uma divisão clara entre o que é virtual e o que é físico, mas esse é outro post.


domingo, 23 de agosto de 2009

Artigo premiado

O blog tem estado desatualizado por conta do início do período acadêmico (depois do "recesso da gripe suína"), que sempre é bastante tumultuado.

Mas, nesse recomeço, boas novas: o autor do blog, prof. Sandro Tôrres, foi premiado no IIº Concurso Interno Nacional de Produções Científicas e Projetos de Extensão da Universidade Estácio de Sá.

O artigo intitulado "Corpo, cidade e novas tecnologias: aspectos do poder no contexto da mobilidade contemporânea" lhe rendeu o primeiro lugar na categoria Artigos Científicos da área de Comunicação e Artes.

O prêmio foi entregue no dia 08 de agosto, durante o Iº Fórum Anual de Docentes Estácio que se realizou no Hotel Windsor, no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Artigo sobre Comunicação e Inteligência Artificial

De 04 a 07 de setembro, acontecerá na Universidade Positivo em Curitiba/PR o INTERCOM 2009 - XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, o principal evento da área no país e o maior encontro de pesquisadores e alunos de comunicação da América Latina. O tema central desse ano é "Comunicação, educação e cultura na era digital".

O autor do blog, Sandro Tôrres, participará do INTERCOM com apresentação do artigo "Comunicação e inteligência artificial: aspectos da mediação tecnológica diante de uma nova geração de agentes inteligentes". O trabalho foi aprovado para integrar o grupo de pesquisa em Cibercultura, no painel "Informação e cognição da cibercultura".

O texto trata do avanço de agentes inteligentes (e da inteligência artificial como um todo) enquanto dispositivos tecnológicos cada vez mais presentes no cotidiano da era digital; e propõe uma discussão sobre a potencialidade de mediação/interação na atual relação homem-máquina.

Em breve, o artigo completo esterá disponível para download aqui no blog.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Realidade Aumentada II

Para quem está interessado mesmo no assunto, vale conferir o site www.realidadeaumentada.com.br. Nele, é possível experimentar em poucos (e fáceis) passos um exemplo bem legal.

Existem diversos sistemas de realidade aumentada, classificados de acordo com o tipo de display usado. No site, há uma breve apresentação de cada um, com ilustrações e tudo.

Mas quem quiser colocar em prática algum desses sistemas, para qualquer aplicação, vai ter que "suar a camisa" até encontrar um programador habilitado nessa área - os análistas de sistemas gabaritados se concentram em São Paulo (caso do Brasil).

Abaixo, mais um vídeo sobre realidade aumentada - do programa "Olhar Digital". Bastante didática, a matéria amplia a visão sobre o tema.


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Realidade Aumentada

Depois de um tempo de jejum (final de semestre é fogo!), o blog retoma seu propósito abordando o tema da realidade aumentada.

Para quem não sabe, realidade aumentada envolve uma situação que mistura o mundo físico e o mundo virtual, que, sobrepostos, ampliam a percepção das coisas.

Existem diversos ramos da realidade aumentada. Um deles, que já pode ser até conferido em algumas promoções de vendas, consiste em fazer surgir na tela do computador imagens 2D ou 3D estáticas ou animadas (veja vídeo abaixo). E, sem dúvida, realmente expandem a experiência de realidade na vida contemporânea.

Outra forma de uso da realidade aumentada (a que provavelmente vai se popularizar mais e mais rápido) é a adição de informação às coisas: carros, produtos dos mais variados, serviços e até pessoas.

Tudo se processa através da emissão de informações através de captura de imagens por câmeras (de celulares, webcams e outros aparelhos) e exibição nos mais diversos tipos de displays.

O assunto é muitíssimo interessante e grande. Vamos tentar começar a apresentá-lo aqui no blog e, mais que isso, produzir algum tipo de reflexão.

De pronto, quem quiser conhecer mais, pode acessar matéria do G1 nesse link aqui.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dia da Internet

Pois é, ontem (17/05) foi o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação, mais conhecido em diversos países como Dia da Internet - e você nem sabia, né?! A data comemorativa foi instituida em 2005 pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU).

Mesmo que não soubesse, provavelmente você comemorou o evento aonde, aonde?! Na Internet, é claro! Até porque passear no ciberespaço é uma tarefa nossa de cada dia: de alguma maneira, por algum motivo, lá (ou aqui!) estava você. E a certeza dessa afirmação se dá justamente porque você, leitor, está cada vez mais dependente disso.

Vale, então, lembrar que, como bem disse Deleuze, "É fácil fazer corresponder a cada sociedade certos tipos de máquina, não porque as máquinas sejam determinantes, mas porque elas exprimem as formas sociais capazes de lhes darem nascimento e utilizá-las".

Pensamento bastante interessante para comemorar o Dia da Internet, não é?!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Chip bom pra cachorro

A gente falando em misturar corpo e máquina, né?! Pois um veterinário de Americana/SP implantou um chip nele mesmo só pra provar que isso funciona com cães e gatos.

A proposta do cara é interessante - um pouco radical, mas interessante. O chip no animal conteria diversos dados, como raça, vacinas praticadas, nome e endereço do dono etc. Leia a matéria na íntegra nesse link aqui.

Até aí, tudo bem. Mas o cara acredita (e é entusiasta) de que o mesmo se faça com as pessaos. Dessa forma, "não precisaremos mais carregar documentos", diz o cinófilo ciborgue.

Acho que, independente de opiniões, há uma série de implicações nisso tudo - e que merecem muita reflexão. Afinal, você implantaria um chip em você? Por quê?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Mais uma de chip no olho

O canadense de alguns posts abaixo queria aproveitar a oportunidade (?!) para filmar com seu olho postiço. Agora, a idéia é outra - sem dúvida, muito mais louvável (não que o cineasta ciborgue não tivesse louvor).

O implante do momento é o chamado IMT (Implantable Miniature Telescope). Se trata de um chip que, implantado no olho, funciona como um micro telescópio, que ajudaria a visão de pessoas com degeneração macular relacionada à idade (problema na retina central, ou mácula, área que permite atividades como ler, dirigir e reconhecer rostos).



O dispositivo aumenta de 2,2 vezes a três vezes o tamanho de imagens capturadas pela visão central de um olho, enquanto o outro, sem implante, fornece visão periférica, para mobilidade e orientação. A matéria que conta a novidade pode ser acessada aqui.

Nunca foi o propósito desse blog fazer qualquer tipo de juízo de valor (e nem é agora!), mas venhamos e convenhamos, quando se trata de recuperar a função de qualquer órgão "danificado", todos acabam se rendendo ao encantos das tecnologias. É assim com os membros biônicos, o cursor movido com o olhar, o pulmão artificial ou mesmo o tão corriqueiro marca-passo. Ninguém se levanta para contrariar ou desconfiar desse tipo de máquinas, ou de seus usos.

Mas é bom lembrar que "a mão que bate é a mesma que balança o berço". Pense agora nos soldados a caminho do campo de batalha, todos com visão ampliada para não errarem o inimigo (nessa linha, o chip do olho vai ter até visão noturna). Isso sem falar nos voyeurs compulsivos: haja implante pra tanto bisbilhoteiro (imagina o Pedro Bial dizendo: "vamos dar agora aquela espiadinha").

Afinal, os bons usos da tecnologia justificam os maus? Ou apenas os explicam?

quarta-feira, 18 de março de 2009

Smartphones são nova fonte de dados para anunciantes

As milhões de pessoas que usam seus telefones celulares diariamente para jogar, baixar programas e navegar na internet podem não perceber que sempre têm uma companhia invisível: anunciantes que rastreiam seus interesses, hábitos e até sua localização.

Smartfones, como o iPhone e o BlackBerry Curve, são a última e potencialmente a mais cara forma de se direcionar anúncios para consumidores específicos. Anunciantes já desenvolvem conteúdo para pequenos grupos de consumidores na web com base em informações pessoais.

Mas celulares têm um potencial muito maior para anúncios personalizados, especialmente quando usados com programas como Yelp ou Urbanspoon com GPS para identificar a localização da pessoa.

Anunciantes pagarão caro pela habilidade de divulgar, por exemplo, um restaurante nas proximidades de alguém que acabou de sair de um show da Broadway, especialmente se o anúncio for combinado a informações sobre sexo, idade, renda e interesses.

Eswar Priyadarshan, chefe de tecnologia da Quattro Wireless, que põe anunciantes como a Sony em sites de celular, afirma que normalmente consegue 20 tipos de informação sobre um consumidor que visitou um site ou executou um aplicativo em sua rede. "A idéia básica é vasculhar todos esses canais e conseguir o máximo de dados possíveis", explicou.

A capacidade de coletar informações alarma defensores de privacidade.
"Isso é potencialmente um espião portátil e pessoal", disse Jeff Chester, diretor executivo do Center for Digital Democracy (Centro para a Democracia Digital), que este mês vai falar perante membros da Comissão de Comércio Federal sobre privacidade e mercado portátil. Ele está particularmente preocupado com violações de dados, acesso de anunciantes a informações confidenciais de saúde ou financeiras e falta de transparência sobre como os anunciantes estão coletando esses dados. "Os usuários estarão inclinados a dizer, 'claro, que mal há em um clique', não percebendo que consentiram em passar sua informação."

Por enquanto, anunciantes usam critérios mais amplos para traçar o perfil das pessoas por seus telefones, focando-as por cidade ao invés de um bairro ou rua específicos.
E enquanto coletam as especificidades do comportamento das pessoas na internet móvel - por exemplo, que alguém comprou o ringtone "Hot N Cold" após ver sua propaganda e depois assistiu a um vídeo de Miley Cyrus no TMZ.com - eles usam essa informação para categorizar aquela pessoa como um fã de cultura pop, e, então, mostram um anúncio de filme.

Porém, os anunciantes estão ávidos por usar a informação para um alvo muito mais específico. Um sistema de propaganda poderia saber, por exemplo, que alguém tem 27 anos, é do sexo masculino, fã do New England Patriots (algo que a NFL.com pode rastrear), joga vinte-e-um, viaja freqüentemente entre Boston e Nova York nos dias de semana (algo que dispositivos com GPS podem rastrear) e usa um iPhone 3G. Isso pode torná-lo atraente para um conjunto de anunciantes, como uma companhia aérea ou um hotel de Las Vegas, cujos anúncios apareceriam enquanto o consumidor navega na web com seu telefone.

"Existe uma corrida armamentista para descobrir cada vez mais sobre os usuários", disse Eric Bader, sócio administrativo da agência de publicidade móvel Brand in Hand.

Por enquanto, não há um número suficiente de pessoas com smartphones que faça valer a pena o uso de critérios altamente específicos pelos anunciantes. Mas à medida que mais pessoas migrarem para o smartphone, isso acontecerá com maior freqüência. O mercado de smartphones na América do Norte aumentou 69% em 2008, de acordo com a empresa de pesquisas Gartner. Google, Palm e BlackBerry estão iniciando suas próprias lojas de aplicativos.

Apesar da quantidade de dados no mercado, desde que os anunciantes não usem informações que possam identificar pessoalmente alguém, não há regulação ou lei nos EUA que estabeleça os limites de anunciantes e desenvolvedores no rastreamento de usuários de telefones celulares. Optar por não entrar na publicidade direcionada portátil é difícil, mesmo levando em conta que consumidores estão cientes da proximidade com que estão sendo rastreados.

"Não sabia que estavam fazendo isso, embora não esteja surpreso em saber", disse Jordan Penn, 32, construtor de moradias de baixo custo em San Diego, que já baixou cerca de 12 aplicativos em seu iPhone. "Isso não me preocupa mais do que todo o rastreamento que sofremos quando acessamos a internet." Segundo Paul M. Schwartz, professor de Direito da Universidade da Califórnia em Berkeley e especialista em leis de privacidade de informação, o rastreamento feito pelos anunciantes é algo problemático. "As pessoas poderiam transformar a maioria dos tipos de informação em valor desde que os termos fossem justos", defendeu. "Hoje, eles não são justos."

Mike Wehrs, chefe-executivo da Mobile Marketing Association (Associação de Marketing Móvel), disse que a entidade estava atualizando alguns de seus princípios auto-regulatórios, por exemplo, sugerindo que os aplicativos mandassem por e-mail suas políticas de privacidade ao invés de obrigá-los a ler o documento em uma pequena tela de celular. "Concordo que podemos fazer mais", disse. "O celular é uma indústria que se move com rapidez incrível."

Stephanie Clifford, Postado no portal Terra (http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3631848-EI4796,00-Smartphones+sao+nova+fonte+de+dados+para+anunciantes.html)

sábado, 7 de março de 2009

Câmera filmadora no olho

Rob Spence é um diretor de filmes canadense que perdeu um olho em um acidente. Lamentável, mas não tão incomum, não fosse o fato de que ele quer aproveitar a situação para implantar uma câmera filmadora digital na prótese ocular que usa.

A notícia vem da agência Reuters e foi publicada no site G1 (link). Segundo a matéria, Spence pretende produzir com o dispositivo um documentário que alerta para o excesso de vigilância na sociedade.

A idéia do canadense tem gerado polêmica, pois parece que as pessoas não se incomodam com as 12 mil câmeras de segurança que operam em Toronto, mas não estão gostando muito dessa nova câmera secreta.

Até aí, a história já rende uma super discussão sobre a questão das novas tecnologias e a vigilância. Para além disso, vale refletir mais ainda sobre a relação homem-máquina que tem embalado as postagens anteriores. Imagina só: Spence é o diretor e a câmera ao mesmo tempo!

Se você "topasse" com ele, como reagiria? Mais ainda, você acha que ele deveria usar uma camisa estampada com o alerta "sorria, você está sendo filmado"?

quarta-feira, 4 de março de 2009

Surface: tocando na infosfera

A professora e pesquisadora de comunicação Ieda Tucherman, em um artigo bastante interessante sobre ficção e tecnologia (link) propõe que a ficção-científica vive fadada a ser desatualizada pela própria tecnociência.

Um exemplo contundente dessa assertiva se constata na plataforma "Surface" da Microsoft. Quem viu no cinema em 2002 o filme Minority Report (20th Century Fox) e se maravilhou com a interface gráfica operada por John Anderton, o personagem de Tom Cruise, não imaginou que em pouquíssimos anos esse dispositivo apresentado por Steven Spielberg estaria ao alcance dessa geração.



Pois bem, para que não imaginou e/ou ainda não sabe o que é "Surface", assista a esse vídeo.



O mouse, aquele extensor da mão humana que servia para "tocar" nas coisas da infosfera, tende a se tornar obsoleto. Mais para frente, a manipulação dos dados provavelmente será feita toda ela com a ponta dos dedos, tal como já acontece com o i-phone — o desejado gadget da Apple.

Mas e agora? O que mais a tecnociência contemporânea vai inventar para desatualizar a ficção-científica? O túnel do tempo? O teletransporte? O holofone? Quem é capaz de prever?

Sugestões são bem-vindas.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Aparelho "lê o cérebro" para descobrir preferências

Pesquisadores da Universidade de Toronto desenvolveram um aparelho capaz de detectar as preferências das pessoas ao medir a absorção cerebral de raios infravermelhos. O estudo, publicado na revista científica Journal of Neural Engineering, garante uma precisão de 80% nos resultados.

"Este é o primeiro sistema que decodifica preferências naturalmente a partir de pensamentos espontâneos", disse Sheena Luu, uma das pesquisadoras, ao site Live Science.

O estudo usou voluntários para detectar suas preferências entre diferentes bebidas. Usando o aparelho na cabeça, eles eram orientados a tomar decisões mentais sobre quais bebidas preferiam. Os testes tiveram sucesso em 80% dos casos.

O aparelho usado, segundo o jornal britânico The Times, tem cabos de fibra óptica que emitem raios infravermelhos com uma freqüência semelhante à de um controle remoto de um televisor. A radiação atinge o córtex pré-frontal, área do cérebro associada à tomada de decisões. Os sensores do aparelho detectam as respostas de acordo com o nível de oxigênio no sangue nessa área.

O objetivo dos pesquisadores é estudar maneiras de compreender as escolhas de crianças que não podem falar ou se mover, segundo o Live Science.

Extraído do Portal Terra de 23/02/2009
(http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3594146-EI4799,00-Aparelho+le+o+cerebro+para+descobrir+preferencias.html)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

TVs em forma de lentes de contato podem chegar em 10 anos

A constante miniaturização da tecnologia pode levar, dentro de apenas dez anos, à produção de aparelhos de TV em forma de lentes de contato, acreditam especialistas. O dispositivo funcionaria com energia gerada pelo calor do corpo, e o usuário trocaria de canal por comandos de voz ou movimentos com a mão, afirma o "futurologista" Ian Pearson. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

Em um relatório sobre o futuro do entretenimento doméstico, Pearson diz que as lentes garantiriam a privacidade do espectador, já que outras pessoas não saberiam a qual programa estaria assistindo.

O futuro também pode incluir tatuagens que permitem que o espectador sinta as emoções dos atores na tela, diz Pearson, que presta consultoria a empresas de tecnologia. As tatuagens digitais criariam impulsos que fariam o usuário sentir as mesmas emoções vistas na TV.

O relatório diz que "poderemos chegar ao ponto de poder imergir em um jogo de futebol, sentindo como se estivéssemos correndo lado a lado de nosso jogador preferido," noticiou o jornal britânico Telegraph.

Miriam Rayman, da empresa de consultoria Future Laboratory, afirma que essas tecnologias podem parecer muito longe da realidade, mas que cientistas já têm grande parte do conhecimento necessário para desenvolvê-las. "A tecnologia está ficando cada vez menor e as pessoas estão tentando descobrir como torná-la mais imersível. O objetivo é trazê-la para cada vez mais perto do olho", disse ao Daily Mail.

Extraído do Portal Terra de 09/02/2009
(http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3502862-EI4797,00-TVs+em+forma+de+lentes+de+contato+podem+chegar+em+anos.html)

Celular avisa se criança está perto de pedófilo

Como o último post gerou alguma discussão, vou por "lenha na fogueira".

Uma empresa chamada Catz Communication, especializada em sistemas de monitoramento de crianças, vai lançar um serviço que envia um alerta para os pais sempre que seus filhos estiverem próximos de casas de pedófilos. O produto utiliza Sistema de Posicionamento Global (GPS) e manda os avisos por mensagem de texto de celular (SMS) ou por e-mail. Para oferecer o serviço, a Catz tem acesso a um banco de dados de pessoas que foram condenadas por abusar sexalmente de crianças. O alerta não especifica o endereço exato do pedófilo, mas o ingresso do menor em uma "zona de risco". O sistema será lançado em dois meses e, inicialmente, vai funcionar somente com um modelo de telefone celular da Nextel. O preço será de US$ 20 mensais.

Extraído do Portal Terra.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Suíça usa Google Earth para descobrir plantação de maconha

A polícia da Suíça usou o Google Earth, programa gratuito para visualização virtual do mundo com imagens em 3D, para prender uma suposta quadrilha acusada de plantar maconha no país.

A operação gerou a prisão de 16 pessoas e a apreensão de 1,2 tonelada da droga - também foram recolhidos US$ 780 mil em dinheiro e bens.

Os policiais descobriram a droga no cantão de Thurgau, no norte do país, durante as investigações sobre uma quadrilha de tráfico de drogas. A plantação, com cerca de 7.500 m2, estava escondida em uma área de cultivo de cereais.

Eles usaram o Google Earth para localizar a produção da maconha e o endereço dos suspeitos.

O grupo supostamente vendeu 7,5 toneladas de haxixe e maconha entre 2004 e 2008, com vendas anuais entre US$ 2,5 milhões e US$ 8,5 milhões. A promotora Gabi Alkalay afirmou que pretende concluir a investigação criminal em fevereiro.

Da Associated Press, em Zurique, extraído da FolhaOnLine de 29/01/2009.
(http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u495969.shtml)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Empresa britânica fabrica celular que reconhece a voz do dono

Telefone transforma automaticamente voz em mensagem de texto.
Uma empresa britânica fabricante de equipamentos eletrônicos usados pelas Forças Armadas do país, garante que desenvolveu o primeiro telefone celular capaz de identificar e reconhecer com precisão a voz do usuário.

Guardada a sete chaves pela I A Techonology, a tecnologia usada pelo Zumba phone permite limitar a utilização do aparelho apenas aos usuários cujas vozes tenham sido registradas.
Com isso, os fabricantes garantem que o Zumba não será cobiçado por ladrões, uma vez que não eles teriam a voz reconhecida pelo aparelho que se negaria a obedecer seus comandos.

Segundo o criador do Zumba, Dean McEvoy, quando operado através do aparato que dispensa o uso das mãos, o aparelho é capaz de transformar automatica e imediatamente mensagens de texto em áudio.

Desta forma, o usuário pode estar dirigindo um veículo e receber mensagens de texto na forma de áudio, sem precisar tirar as mãos e os olhos do volante.

Igualmente, o usuário pode ditar sua resposta para o celular que por sua vez se encarregará de transformá-la numa mensagem de texto.

O presidente da I A Technology, criadora do Zumba, diz que os novos celulares deverão começar a ser vendidos pouco antes do Natal.

Da BBC, extraído do Portal G1 de 30/01/09.
(http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL979611-6174,00.html)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

No início, tudo era o caos... aí veio o Google.

Cibersaudações!

Esse blog é um lugar além do físico, do concreto, no qual o Professor Sandro Tôrres e os alunos da disciplina de Comunicação e Novas Tecnologias da Estácio Niterói poderão experimentar uma extensão da sala de aula. E claro, um monte de outras coisas mais.

A idéia passa por postagem de conteúdos relacionados à disciplina, trabalhos de alunos, curiosidades sobre novas tecnologias e, super importante, downloads dos textos digitais que serão abordados ao longo do período.

Alunos ou não, estão todos convidados a colaborar. Fiquem à vontade.