quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mais sobre realidade aumentada

Ciborgue nós já somos, não há dúvidas. Mas, com efeito, a ideia do que significa 'organismo cibernético' vai se radicalizar muito em breve com os novos dispositivos de realidade aumentada apresentados recentemente (leia matéria da sessão de tecnologia do Portal Terra aqui).

Imagine um óculos que emite luz infravermelha (codifica) e, ao mesmo tempo, captura e reconhece (decodifica) tudo que está a seu alcance. Agora, junte a isso, um sistema wireless que acessa um banco de dados e, através de um telefone celular, emite informações em tempo real sobre tudo aquilo a que seus olhos se detém na forma de voz para um ponto de ouvido. Impressionante?!

Rotas, no melhor estilo Google Earth 2.0, sendo transmitidas para você ("vire para a direita... contorne o viaduto... você chegou a seu destino"); pessoas desconhecidas/reconhecidas (como todos estão em redes sociais e os softwares de reconhecimento facial estão ficando populares, você vai saber tudo sobre quem você não conhecia); produtos com manual de uso instantêneo ("encaixe a peça A na base B e pronto, aproveite!"); para quem nunca lembra qual talher usar pra que prato, é só olhar para o prato e ouvir como proceder segundo o melhor dos manuais de etiqueta; etc., etc., etc.

Poderíamos evocar toda sorte de teorias que tratam da questão contemporânea da memória, do fisico versus o virtual, da "interface zero", da hipermídia levada ao extremo, dos espaços de fluxo (aliás, tudo em fluxo), da realidade misturada... Mas parece que tudo se resume a uma única palavra: ONICIÊNCIA.

E as expressões disso dão pano para discussões.

P.S.: Novo momento do blog que, agora com mais tempo desse autor, volta a ativa. Em breve, outros autores trazendo assuntos novos.

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